terça-feira, junho 08, 2010

Coisas boas de Foz.



Fiquei me sentindo meio mal por só dizer as coisas intrigantes/irritantes dessa nova terra que me abriga. Por isso, resolvi elencar muito brevemente e sem o mesmo fervor do post anterior, as coisas legais de Foz. Itaipu não conta porque se eu falar bem, vão achar que é como advogando legislando em causa própria. Então suprimi da lista a usina, o Parque da Piracema, os engenheiros e o pessoal da segurança simpáticos e também meus colegas de trabalho.

1# Cataratas do Iguaçu. E não tem pra nenhuma outra.


2# Puerto Iguazu plus empanadas



3# Shawarma


4# Avenida Paraná


15# Compras no Paraguai

16# Tv multilíngue sem assinatura (e não é a tevê a gato. São os canais abertos do Paraguai, que me divertem bastante)

Mistérios da Tríplice Fronteira

De tempos em tempos fico com muita preguiça de escrever no blog. Pra ser sincera, o que me vêm à mente é: por que raios você está lendo isso agora, com tanta coisa melhor pra fazer, mesmo na internet (palavra que o Word do meu computador insiste em corrigir para inicial em maiúscula)?

Eu até tenho um ímpeto de escrever, mas o gasto todo no trabalho. Porém, como têm havido algumas coisas intrigantes nesses últimos dias, sinto-me com um impulso incontrolável para compartilhar essas indagações ou experiências com seja-lá-quem-você-for.

Mistério número 1: os cortes de cabelo femininos em Foz do Iguaçu (ou, a ausência das tesouras nos salões)




Este é o top of the pops das coisas mais intrigantes. Nos anos 90, quando eu era adolescente (pois é, estou ficando velha), era comum as meninas terem cabelos extremamente longos. Se você era um bebê nessa época ou já tinha passado dos 40, provavelmente não tenha reparado neste fenômeno capilar. Essa onda dos cabelos levaram-me a ter mais de 60 centímetros não-lineares de cabelos que ultrapassavam a linha da cintura, delineada pelas calças de cós alto (um novo ‘must’ da temporada, para desespero da minha visão).
Os anos 90 passaram, as tesouras ficaram mais agressivas e mesmo os cabelos compridos encolheram.

Não tenho nada contra cabelos compridos, que fique claro. Eu prefiro os mais curtos, mas se você é um entusiasta dos cabelões – e para isso basta ser homem, em geral --, ok.

Ocorre que em Foz do Iguaçu os supercabelos são uma constante na paisagem. Não basta ser comprido. Tem que ser ultracomprido.
Fico me indagando se as mulheres daqui têm poderes místicos pelas madeiras tão extensas. Seria uma tradição da tríplice fronteira? Ou os cabelos de 70% da população feminina mundial cresceu dessa forma desde que cheguei à Terra das Cataratas, há pouco mais de dois meses, menos o meu (cortado pelas minhas próprias scissor hands na semana passada, aliás)? Fica o meu questionamento.


Mistério número 2: sobrancelhas de henna?




Ainda no campo estético feminino, a segunda indagação é sobre as sobrancelhas finalmente delineadas de grande parte da mulherada destas bandas. Perdoem-me pela ignorância, mas isso são as chamadas sobrancelhas de henna? Confesso ficar em dúvida se é sobrancelha ou maquiagem definitiva (explicação aos homens: nome dado para as tatuagens que imitam maquiagens. Você pode saber o que é se for à praia e verificar mulheres com olhos pintados na pálpebra às 7h da matina, por exemplo. Ninguém vai maquiada à praia nessa hora, a não ser que seja por esse procedimento irreversível).
Também admito que minha curiosidade é para um possível uso próprio, se o bom senso me faltar. Minhas sobrancelhas têm umas falhas anatômicas e, talvez, a henna fosse a solução para este ‘problema’. Mas é que já vi tanto sobrancelhas pintadas e bonitas quanto umas coisas beeeem, beeeeeeem, beeeeeeeeem medonhas. Devo provar?

Mistério número 3: a falta de educação (de grande parte) dos meus vizinhos.



Okay, Foz do Iguaçu não é uma dimensão X de pessoas sem noção e nem me crucifiquem por isso. Tem gente bacana por aqui. Não vou arriscar uma contagem senão eu poderia ser crucificada mesmo pelas minhas gerações futuras que podem vir a nascer aqui e, eventualmente, pesquisem a vovó Stela no Google 3.0.
Noutro dia, um dos meus vizinhos chegou a abrir a porta do elevador, olhar para mim e meu filho, e fechar de novo. Como ele estava no subsolo máximo, deduzo que ele não desistiu de subir por outro motivo a não ser o fato do elevador estar ocupado. Quem me conhece sabe que sou magra e o Henrique, mais ainda. O elevador é relativamente grande e não ficaria apertado ao cidadão (que não é obeso) subir conosco. Eu não estava nem mal vestida, nem mal cheirosa. WTF? Pior ocorreu com a Maryella, a moça que trabalha na minha casa. Ela 'se perdeu' no elevador e não sabia em qual andar estava. Ao perguntar para uma mulher que estava no mesmo local, a dita cuja virou as costas para a Maryella e ficou olhando para as laterais do elevador! Meus Deus, alguém pegue a educação da senhora que ela deve ter esquecido no carro do ano que ostenta.
Mas é fato e a Fabi e o Henrique estão aí para comprovar minha tese. O prédio onde moro é um reduto de pessoas que se dividem em dois grupos: aqueles que não te cumprimentam em nenhuma hipótese; os que te cumprimentam se não houver escapatória. Há também um subgrupo, os dos simpáticos. Mas isso se resume aos porteiros e uns três ou quatro adultos. No máximo.

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Estranhas coincidências: ao pesquisar uma imagem para a parte das sobrancelhas de henna no Google, apareceu a foto da mulher de um ex-namorado meus (um namoro meu remoto, mas também da década de 90! Em tempo: e o tal tem cabelos compridos até os dias de hoje #mundoestranho #mundoervilha #longhairsucks)