quarta-feira, março 15, 2006

sexta-feira, março 10, 2006

Estupidez



Meu alter-ego anda tão estúpido
que ultimamente precisa ser
alimentado com feno.

Outrora fica tão sensível e chora
ao ver o que restara da sua última refeição.

imagem captada de http://geocities.yahoo.com.br/toscanaturismo/feno.jpg

Para Fabiano

segunda-feira, março 06, 2006

domingo, março 05, 2006

(Talvez) antes do fim, o belo


Denise Alba -a autora da bela foto aí de cima- foi amiga no colégio, lá em meados dos anos 80. (Juntas construímos um vulcão de papel machê e purpurina vermelha pra feira de Ciências).
Mantivemos um breve contato porque, de alguma maneira, nossas vidas
sempre se esbarraram por aí em uma porção de pequenas coincidências.
Nossos maridos têm o mesmo ofício e brincamos sobre o nome dos dois.
Perguntamos uma a outra, "Como vai o Fá?", "Bem, e o Fá? Como vai".
Sempre gostei da Denise e foi uma grata surpresa descobrir que além
de muito bacana ela é muito talentosa. Talentosíssima, eu diria.
Ela ficou envergonhada quando eu disse. Mas sabe que é uma artista
com obras de arte impecáveis. E deixou eu colocar algumas imagens
captadas e tratadas por ela pra vocês desfrutarem aqui.
Com uma máquina na mão e destreza no Photoshop, ela imprime belas cores ao cotidiano.
Seu mundo é feito de magenta, yellow e ciano. Talento e inspiração.
Parabéns, Denise.

;-)

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Para ver mais, clique no título desse 'post' e vá para o Fabuloso Mundo de Denise Alba. A trilogia das calças e livros caídos no chão é uma das minhas favoritas.

sábado, março 04, 2006

Por onde eu saio?



No Ano do Cão, minha semana fez juz ao calendário chinês.

Sobre minha cabeça paira a sensação de total incerteza.

Depois do susto de descobrir a suspensão definitiva do meu "benefício" do INSS (aliada à notícia sobre uma bursite filha-da-puta que se instalou aqui no meu ombro depois da cirurgia) acabei-me num corre-corre pra descolar uns documentos capazes de comprovar a natureza da minha "incapacidade laborativa" na Justiça.

Em seguida, o susto dos honorários advocatícios capaz de provocar "the 'timing point'" (algo como o ponto de transbordo do catchup). Susto este tão grande que me fez despencar em prantos como criança contrariada (e nem de óculos escuros eu estava, confirmando a Lei de Murphy).

Até acusada injustamente de maledicência virtual fui. Eu já estou cansada de provar tudo. Que estou doente, embora não quisesse. Que não sou mau educada, embora às vezes devesse ser. Que não choro pra causar comoção mas porque sou de uma natureza extremamente sensível.

Cansada da falta de inspiração para escrever um texto decente e merecedor de leitores.

Durante um acesso de sei-lá-o-quê, quase deletei meu blog e comprei um diário de verdade, daqueles como os da época do colégio. Ainda penso nessa possibilidade. Nesse meio de incerteza nem sei se quero manter esse blog e continuar digitando com uma mão apenas, expondo malezas da minha alminha que não interessam à ninguém.

Passado o Carnaval entrei nas cinzas e nem renasci ainda.

E vocês?

PS.: Se alguém souber onde é a saída, por favor, avisem-me.

A Hard Day



O dia começou meio sem anúncio. A real hard day.
Não há ponto final ou começo quando não se dorme.
De repente eu estava de volta à realidade.
As perguntas não paravam de surgir, em uma espécie
de auto-formulação.
Não há nenhum lirismo nelas. Nenhum resquício metafísico.
Tratam-se de preocupações concretas.
"Quando vou melhorar? Quando e será que liberarão meu pagamento? O que devo fazer? Como vou pagar? Quem o buscará na escola? Dará tempo de ir ao banco? Tirei todas as cópias? Devo seguir meu instinto ou confio naquela que possui a OAB? O que o Paulinho fez para ser acusado? Qual o número do maldito telefone? Tenho dinheiro para um lanche? O que faço no almoço? Compro ou não o peixe? Vale a pena pedir isso à Justiça? (seguidas por um etc ad eternum)"
Estou cansada disso. Da necessidade da prova constante.
Queria dormir e sonhar como um Dostoievski ou um Kundera.
E acordar com os braços de Hércules.

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A Better Day
Contrariando os maus momentos do dia 3 de março, a imagem é do belo A Hard Day´s Nigth, estrelado pelos "quatro garotos de Liverpool" (para não perder a chance de mais um clichê neste blog).
Vale a pena conferir as imagens do filme rodado na década de 60, responsável pela inspiração do título deste 'post'.

So, so sorry
E a correria fez com que me esqueçesse pela primeria vez de assoprar velinhas junto dos queridos tio Waldir e do amado amigo Leandro, nascidos ambos (com um lapso temporal de pelo menos 25 anos), ao dia 2 de março sob a insígnia de Peixes.

quinta-feira, março 02, 2006

A vida começa depois do Carnaval



Passada a euforia inicial
regada a momentos de êxtase
no Morumbi,
E a maré de sorte que nos
levou gratuitamente até lá e
culminou com a aprovação surpresa
na ECA,
Às marchinhas enlouquecedoras de São
Luiz do Paraitinga responsáveis por
resgatar minha paixão pelo Carnaval,



É chegada a hora da realidade.
E as cinzas de quarta-feira se abateram
sobre mim.

Chega a hora de voltar às filas do INSS.
De implorar pelo reconhecimento da
"incampacidade laborativa" que, na verdade,
eu não gostaria de dispor.
Às intermináveis sessões de fisioterapia
e a incerteza financeira decorrente de
todo esse processo.



Sinto-me recapturada e trancafiada pela
segunda vez no Castelo de If. Novamente,
por uma falsa acusação.

Para refletir
Será preciso sempre provar a inocência?
Às vezes a culpa nos cái bem. Mesmo que não seja nossa.